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Revista SENTIDOS, São Paulo: Áurea Editora, ano 8, n. 45, p. 18, fevereiro-março/2008, ISSN 1676297-5.

 

CONTEÚDO DA MATÉRIA

No topo da página: "Experiência de Inclusão - Infoesp (BA)"

Descrição da foto: O Prof. Teófilo Galvão Filho está trabalhando no laboratório de informática com dois alunos, sendo que o aluno em primeiro plano é cadeirante e utiliza um recurso de Tecnologia Assistiva, uma órtese na mão esquerda, para digitar no teclado do computador.

Legenda da foto: "Galvão Filho acompanha aluno que digita com auxílio de estabilizador de punho e abdutor de polegar".

Título da matéria: TECNOLOGIA PARA A AUTONOMIA.   Por Adriana Perri

Subtítulo: "O coordenador do programa de informática das Obras Sociais Irmã Dulce, Teófilo Galvão Filho, aborda os prêmios recebidos no Brasil e no exterior"

Texto:

Em dezembro, enquanto o Programa de Informática na Educação Especial (Infoesp) das Obras Sociais Irmã Dulce, da Bahia, recebia o Top Social 2007 - o mais importante prêmio de responsabilidade social do Norte e Nordeste do país, chegou a notícia de que também conquistara um dos mais prestigiados prêmios do mundo: o Rainha Sofia de Reabilitação e Integração 2007, concedido pelo Conselho do Real Patronato da Espanha. Além do reconhecimento, o Infoesp receberá 50 mil euros (cerca de 132 mil reais) na cerimônia de entrega, entre março e maio.

"Estamos estudando como aplicar bem estes recursos para favorecer, principalmente, a multiplicação do programa", afirma o coordenador Teófilo Galvão Filho, engenheiro especializado em informática na educação. "Se a tecnologia facilita a vida de qualquer pessoa, para quem tem deficiência abre horizontes e torna as coisas possíveis."

Um exemplo citado por ele é o de um aluno tetraplégico severo desde a infância, que conseguiu, já aos 38 anos, escrever, desenhar e jogar. Tudo isso por meio de um programa de computador que transmite comandos através de sopros em um microfone. "Isso permitiu que sua inteligência, antes aprisionada em um corpo extremamente limitado, encontrasse novos canais de expressão e desenvolvimento."

O programa de informática aplicada à educação atende a 150 alunos, a partir de 8 anos, e tem em espera outros 70. O trabalho começou em 1993, com apenas três computadores usados. Obteve destaque por ampliar o desenvolvimento cognitivo de estudantes com deficiência da rede regular e de escolas especiais, e promovendo pesquisas acadêmicas e recursos de acessibilidade. "Tiramos os alunos com deficiência da posição de passividade, estimulamos sua criatividade e os ajudamos a construir seu próprio conhecimento. Não é o computador que ensina, ele é só uma ferramenta."

Por meio de convênios e parcerias, novos laboratórios foram construídos ao longo dos anos e o programa, ampliado. Em 2005, passou a oferecer cursos técnicos de informática básica e de montagem e manutenção de computadores, capacitando para o mercado cerca de 100 alunos com deficiência por ano. Em 2007, com apoio da Microsoft, formou a primeira turma de coordenadores e monitores de telecentros acessíveis em cinco estados: Pará, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Rio de Janeiro.

Galvão Filho diz que pretende repetir o curso neste ano. "A sociedade exige do cidadão, cada vez mais, uma participação ativa e criadora. Tornar as tecnologias acessíveis não é nenhum bicho de sete cabeças. Constatamos que 90% das necessidades são resolvidas com recursos de baixo custo." Saiba mais sobre o Infoesp em www.infoesp.net.

 

 

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